Brenda Lee - memórias entrelaçadas da Aids

Autor: Ubirajara Caputo

Ficha Técnica: 176 páginas  |  14x20x1 cm  |  230g  |  papel Avena 80  |  maio/2025  |  ISBN: 978-65-88230-09-1

Este é um livro de memórias do militante LGBT+ Ubirajara Caputo sobre a Aids em que Brenda Lee figura como personagem principal. Ela foi uma travesti brasileira que arregaçou as mangas nos pri-meiros tempos da Aids, nos anos 1980, e converteu sua casa em São Paulo no primeiro centro de apoio para pacientes vivendo com HIV/Aids do Brasil (e um dos primeiros do mundo). O autor a conheceu pessoalmente nos primeiros anos da epidemia, quando parte da sociedade lutava para acolher pacientes em vulnerabilidade social e exigia políticas públicas adequadas para enfrentar o enorme desafio que a Aids representava.
Brenda foi assassinada aos 48 anos. Apesar da tristeza dessa perda – e de milhares de outras em decorrência da Aids – o livro não é triste, pois transmite a força e a alegria com que Brenda viveu e lutou. Este é o primeiro livro da coleção Memórias das lutas da Editora Politeia. Seu objetivo é histórico – traz a biografia de uma personagem humana exemplar entrelaçada com as memórias do militante, ambos vi-veram as primeiras lutas em defesa da dignidade, da solidariedade e da organização da sociedade – e político, mostra aos jovens de hoje que é possível enfrentar desafios, mobilizar a sociedade e, assim, fazer a diferença.
A pesquisa partiu de falas da própria Brenda, encontradas em revistas, jornais e audiovisuais, que foram expandidas e complementadas com o contexto social de cada fase de sua breve vida. Por meio de entrevistas com pessoas que conviveram com Brenda, mas também de uma ampla pesquisa documental, o autor narra a trajetória de uma mulher extraordinária.

Ubirajara Caputo é autor de O Caso Bruna. Gênero, Transexualidades e Opinião Pública, vencedor do PROAC/livros de 2017. É escritor, doutor em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo, com es-tágio na Universidade do Porto, e pesquisador em memória social. Dedica-se ao estudo do preconceito motivado por orientação sexual/identidade de gênero, atuando principalmente nos temas: transgeneridade, LGBTfobia, violência escolar e direitos humanos. É ativista do movimento social LGBT+ desde o início da epidemia do HIV/Aids, nos anos 1980.